frase do dia: ‘a homofobia é mais uma constatação da perda da ternura no mundo, ser
preconceituoso com os LGBTs é retroceder; além de prejudicar o crescimento humano.’

(letícia spiller - atriz brasileira)

última atualização: 19/08/2009 20:36:42

sábado, 29 de dezembro de 2007

o que é: marcha de stonewall

todo ano, gays, lésbicas, travestis e transgêneros comemoram no mundo inteiro o dia do orgulho gay e como toda data importante, esta também tem um significado e uma origem.

Para o inspetor Seymour Pine e sua equipe de oito detetives lotados na NYCPD - a delegacia de costumes da cidade de Nova York - o plantão de 27 de junho de 1969 parecia ser o de uma sexta-feira como todas as outras. Há muito o sindicato do crime chantageava os bares da cidade, em especial os bares gays do Greenwich Village. No 'Stonewall Inn' (foto), os proprietários: Tony (Fat Tony) Lauria e seu sócio se recusavam a seguir as regras dos mafiosos e, por isso, o local era alvo de batidas policiais constantes. Após a visita dos policiais, como sempre rápida e rasteira, dois funcionários, três drag-queens e uma lésbica acabaram presos. Os demais clientes foram intimados a deixar o local em fila indiana e a polícia destruiu, mais uma vez, a decoração. Só restaria arregaçar as mangas e contabilizar o prejuízo.

Mas aquela era a noite do funeral de Judy Garland, ícone da comunidade gay, e o local e arredores de Christopher Street e Sheridan Square estavam lotados. O público, agitado, reagiu à arbitrariedade gritando palavras de ordem e logo uma pequena multidão se formou. Quando a moça lésbica estava sendo escoltada, começaram os gritos de "pigs" (porcos) e uma chuva de latas de cerveja alvejou o camburão. Depois de deixar os presos na delegacia, os detetives voltaram - desta vez com mais violência - ameaçando matar quem ousasse sair do Stonewall. A luta pelo direito de permanecer no espaço do bar durou a noite inteira e, ao amanhecer do dia 28, cerca de 4.000 homossexuais estavam travando uma verdadeira guerra com a polícia. Durante quatro dias e quatro noites a batalha continuou e, finalmente, a polícia se retirou. Um mês depois aconteceu a primeira parada pelo direito dos gays, que foi denominada "Marcha de Stonewall", que fará quarenta anos. Hoje, as paradas se tornaram um ritual em todo o mundo. (por Thereza Pires)

Na verdade tudo havia mudado. A partir daquele dia aqueles gays, lésbicas (na foto, as meninas que frequentavam o bar) e travestis sacaram que nunca iriam ser aceitos pela sociedade se ficassem apenas esperando e dependendo da boa vontade da sociedade. A rebelião mostrou a eles que a atitude que deveria ser tomada era a do enfrentamento. O discurso mudou. Nada mais de pedir para ser aceito: era preciso exigir respeito. Foi assim que nasceu o Dia do Orgulho Gay coincidentemente, no mesmo dia em que morreu Judy Garland, ícone máximo da comunidade gay que, em "O Mágico de Oz", sonhava com um mundo melhor, além do arco-íris: "Somewhere, over the rainbow, way up high, there's a land that I heard of once in a lullaby. Somewhere, over the rainbow, skies are blue, and the dreams that you dare to dream really do come true..." (por Vange Leonel)

’em algum lugar sobre o arco-íris, bem alto, existe uma terra sobre a qual eu ouvi uma vez numa canção de ninar. em algum lugar sobre o arco-íris os céus são azuis e os sonhos que você se atreve a sonhar, realmente se realizam. um dia eu farei um pedido a uma estrela e acordarei onde as nuvens estejam longe, detrás de mim, onde os problemas derretam como pastilhas de limão, longe acima do topo das chaminés é lá que você me encontrará. em algum lugar sobre o arco-íris, azulões voam, pássaros voam por sobre o arco-íris, por que, então, ah por que não posso? se felizes azulõezinhos voam além do arco-íris, por que, ah por que não posso?’

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