frase do dia: ‘a homofobia é mais uma constatação da perda da ternura no mundo, ser
preconceituoso com os LGBTs é retroceder; além de prejudicar o crescimento humano.’

(letícia spiller - atriz brasileira)

última atualização: 19/08/2009 20:36:42

sábado, 9 de outubro de 2010

o movimento LGBT e o novo congresso

Jean Wyllys se elegeu deputado federal. Com cerca de 13.018 mil votos ele é o segundo mais votado do PSOL no Rio de Janeiro e único homossexual assumido no Brasil a ser eleito para o cargo, usando os direitos LGBTs como plataforma. O primeiro mais votado foi Chico Alencar, que com seus 250 mil votos ajudou a garantir a vaga de Wyllys no Congresso Nacional em Brasília. Wyllys já vem sendo chamado no twitter de ‘Milk brasileiro’. O simpático apelido faz referência a Harvey Milk, primeiro político assumido a conquistar um cargo eletivo nos EUA e interpretado no cinema por Sean Penn. Segundo o próprio Jean, a vitória é resultado direto da maneira como ele construiu sua imagem pública, desde a participação do Big Brother Brasil. Precisando se virar com um programa de apenas 7 minutos no horário eleitoral obrigatório da TV, Jean optou por uma campanha limpa, não apenas em termos morais, mas também sem cartazes, adesivos nem militantes pagos. Entre suas propostas, Jean Wyllys se comprometeu em fiscalizar a implantação do Plano Nacional de Direitos Humanos e do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBTs, dar atenção especial ao ensino público e propor leis que possibilitem o desenvolvimento sustentável. Dos cerca de 190 candidatos aliados que assinaram o Termo de Compromisso da ABGLT, foram eleitos um governador, uma senadora, 17 deputados federais e 25 deputados estaduais.

novo congressoO novo Congresso terá uma bancada de, pelo menos, 154 deputados e 24 senadores defensores dos direitos dos Homossexuais. A ABGLT considera esse levantamento ainda preliminar. A partir de agora, a entidade começará os contatos com os deputados e senadores eleitos em busca de mais adesões para a causa. Foram definidos como aliados, os parlamentares que já integram a Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT, os candidatos que assinaram o Termo de Compromisso da ABGLT nas eleições de 2010, ‘Voto contra a homofobia, defendo a cidadania’, e os deputados e senadores que já fizeram declarações públicas e atuaram a favor dos direitos humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Depois dos contatos com os novos parlamentares, não será difícil ultrapassar a bancada de 220 parlamentares aliados. Embora a concentração desses aliados esteja entre os partidos chamados de esquerda, os apoiadores da causa LGBT estão em várias legendas.

A Associação ABGLT considera relevante o fato de parlamentares apoiadores da causa estarem entre os eleitos em primeiro lugar. Em dez Estados, pessoas que nos defenderam como aliados ou como integrantes da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT foram campeãs de voto nas eleições para deputado federal. Isso mostra que não é uma maldição. O levantamento da associação mostra que dez governadores, entre os 18 já eleitos, também são aliados da causa. Entre as principais reivindicações do Movimento LGBT estão a aprovação do projeto de União Civil entre pessoas do mesmo sexo, a aprovação de leis que combatam a violência e a discriminação contra a Comunidade LGBT e a adoção do nome social para as pessoas Transexuais. ‘Não queremos destruir a família de ninguém, nem afrontar os dogmas da igreja. O que nós queremos é um País em que não haja discriminação’, disse Tony Reis.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

recuperado está




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O que considerei perdido, recuperado está. Com muita luta e ajuda do meu amigo Paulo Fábiano, técnico em informática, consegui recuperar o blog 'Fazendo Estrelas', que estará, nos próximo dias, em manutenção para um check-up. Agradeço ao meu amigo, à equipe de ajuda do Blogger, a compreensão de todos e o carinho demonstrado nos e-mails enviados.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

o que é: homofobia interiorizada

'o preconceito contra o homossexual espelha a incapacidade de lidar com a própria miséria afetiva, é uma forma de amenizar a própria insatisfação.' (antonio carlos a. de araújo - psicólogo)

homofobia interiorizada

A palavra homofobia é um neologismo inventado em 1971 pelo psicólogo George Weinberg. Significa a discriminação, não aceitação ou aversão a homossexuais. A homofobia está relacionada a papéis sexuais e de gênero rígidos impostos pela sociedade, que impede a expressão individual e criativa dos indivíduos e se configura como a principal causa de violência, exclusão social, perda de oportunidades e discriminação contra os homossexuais. O homofóbico se caracteriza pelo seu desprezo e ódio para com os homossexuais. Sentem repulsa frente à possibilidade de um indivíduo manter relacionamento emocional, afetivo ou sexual com uma pessoa de seu mesmo sexo.

A homofobia pode ser entendida como uma doença psicosocial. Vários são os fatores que interagem em suas bases, entre eles a cultura machista, aspectos religiosos, familiares etc. Esta patologia social tem criado um espaço de invisibilidade dos direitos humanos já que os homofóbicos identificam os homossexuais como indivíduos anormais, perigosos, pecadores e enfermos. Vários processos podem operar na base da conduta agressiva do homofóbico, entre eles: o medo a diversidade e a pluralidade da vida, medo de ser identificado como homossexual e, portanto, encarar a dificuldade de ir contra as normas estabelecidas pela sociedade.

A homofobia como patologia social está presente em todos os níveis socioeconômicos. Por mais difícil que seja admitir, todos somos preconceituosos com algo ou alguém, mesmo entre nós homossexuais existem diferenças e discriminações.

Homofobia interiorizada ou homofobia internalizada é a não aceitação da orientação sexual perante os outros e para si mesmo. É a repulsa da própria homossexualidade e de todo tipo de manifestação gay e as comunidades ou ONGs que os defendem. Esta situação pode levar o indivíduo a buscar modos para re-orientar sua sexualidade e realizar atos homofóbicos como um modo de defender-se de seus próprios desejos, idéias e sentimentos como tentativas de passar por heterossexual, como casar, por vezes, com alguém do sexo oposto para ganhar aprovação social ou na esperança de ‘se curar’.



Clique no banner abaixo e apóie a aprovação do PLC 122/06. Em menos de 1 minuto, você assina o abaixo-assinado, envia seu voto para os 81 senadores e ainda indica a Campanha para seus amigos.

não homofobia

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

j. edgar hoover e clyde tolson

j. edgard hoover e clyde tolson

São plausíveis os rumores de que John Edgar Hoover, o poderoso chefão do FBI desde 1924 até sua morte em 1972, era mulato e racista, gay e homofóbico. Ele e seu homem de confiança, Clyde Tolson, foram constantes companheiros durante mais de 40 anos, mesmo nas férias ficavam juntos, e ambos permaneceram solteiros até a morte. Muitas pessoas sentiam que a relação que existia entre Hoover e Tolson, era mais que uma amizade, os dois nunca viveram juntos, mas eles estão enterrados lado a lado no cemitério do Congresso em Washington. A história, primeiramente, apareceu na biografia feita pelo jornalista britânico Anthony Summers.

O jornalista baseou-se na informação de Susan Rosenstiel, quarta esposa de Lewis Rosenstiel, presidente da ‘Schenley Industries’. No FBI o casal era conhecido como ‘J. Edna and Mother Tolson’. No entanto, homossexuais famosos da época como Truman Capote, referiam-se a eles como ‘Johnny and Clyde’. Quando J. Edgar Hoover morreu em maio de 1972, deixou quase toda a sua herança para seu companheiro de longa data e Tolson também assumiu o controlo de seus arquivos secretos. Tolson quando foi aposentado do FBI e de acordo com seus amigos, as únicas vezes que saía de casa era para visitar o túmulo de Hoover.


A história toda é contada pela jornalista Thereza Pires

j. edgard hooverRacista dos mais violentos, perseguidor de comunistas ou simpatizantes, torturador de jornalistas, editores e militantes dos direitos civis, o abominável chamava-se John Edgard Hoover. Teria nascido em 1º de janeiro de 1895, filho de gente da classe média - existem controvérsias - e falecido, de verdade, em 2 de maio de 1972. Seu avô, pai, sobrinho e irmão trabalharam para o governo. Mas ninguém na família - e no serviço público norte-americano - até hoje teve tanta importância. Chefiou com mão de ferro, durante 48 anos, o FBI. No governo do Presidente John Calvin Coolidge, sabe-se lá por que razão obteve o cargo vitalício.

Serviu a oito presidentes (de Coolidge a Richard Nixon), sendo mais poderoso que todos eles e confidente de muitos. Criou uma polícia paralela que usava meios ilegais para vigiar não só criminosos, mas todos aqueles que sua paranóia identificava como ‘inimigos do sistema’. Foi o idealizador do ‘National Crime Laboratory’ e do ‘National FBI’, ainda hoje o melhor curso de pós-graduação policial do mundo.

Especializado em dissolver movimentos de liberação dos homossexuais, manteve durante 40 anos uma relação estável com seu vice no organograma: Clyde Anderson Tolson. Rumores contam que o mafioso Meyer Lansky para calar a boca do FBI a respeito das suas atividades criminosas, usou fotos que comprovavam a homossexualidade de Hoover, ele e Clyde fazendo sexo em uma praia. E, tudo indica que o racista também era afro-americano. A publicação de um livro de autoria de uma descendente de escravos do Mississipi reabriu a questão.

O livro do jornalista Anthony Summers, ‘Official and Confidential’, contém uma entrevista com Gore Vidal onde o escritor declara que Hoover ia ficando famoso e todo mundo em Washington sabia que ele era mulato e de uma família que vinha clareando através das gerações e dos casamentos mistos. Wesley Swearingen, um agente especial reformado do FBI é autor de ‘Secrets: An Agent's Exposé’ e conta que, apesar de exigir de todos os ‘G Men’ uma espécie de atestado de raça branca, Hoover, misteriosamente, nunca ofereceu um documento melhor do que a certidão de nascimento tirada aos 43 anos, após a morte da mãe, óbvia testemunha. Millie McGhee em seu livro ‘Secrets Uncovered’, reeditado como ‘Secrets Uncovered: J. Edgar Hoover - Passing for White?’ afirma que as raízes de J Edgar vinham de Maryland, da união de uma escrava tão clara que podia se passar por branca e seu senhor.

A Operação Fruehmenschen

Em janeiro de 1988, o deputado Mervyn Dymally inseriu nos anais do Congresso Americano uma declaração juramentada do ex-agente Hirsch Friedman sobre a ‘Operação Fruehmenschen’ (em alemão, frueh = primitivos e menschen = seres humanos). Palavras do agente Friedman: O objetivo desta polícia paralela era investigar as causas da promoção de oficiais e eleição de candidatos negros nas maiores cidades. Cerca de 300 ‘seres humanos primitivos’ foram investigados. Hoover não acreditava que negros tivessem capacitação social ou intelectual para dirigir instituições ou participar de organizações governamentais.

Tornou-se famoso e temido pelas perseguições contra membros do Partido Comunista. Nos anos 50, mergulhou de cabeça no Macartismo ou a ‘Era do Pânico Vermelho’, um movimento conservador e anti-comunista ocorrido nos Estados Unidos entre 1950 a 1954 liderado pelo senador Joseph McCarthy e seus adeptos. Hoover usou e abusou da delação e da intimidação e se dedicou a infernizar a vida de comunistas e simpatizantes, causando suicídios, provocando exílios voluntários e encerrando carreiras promissoras nas artes e no cinema.

A obsessão do chefão do FBI era centrada ‘no espectro do casamento interracial’, nas escolas mistas, nos menos de 1% de agentes negros do FBI e, sobretudo, na figura carismática de Martin Luther King. Uma campanha infamante foi deflagrada para destruir o líder, usando chantagem e sugerindo que o suicídio do religioso seria a melhor saída quando certas fitas comprometedoras fossem liberadas. Em 4 de abril de 1968, dia do assassinato de Luther King, foram ouvidos gritos ‘jubilosos’ no quartel general do FBI em Atlanta.

Enquanto perseguia comunistas, simpatizantes e negros, liderou uma campanha homofóbica, com ênfase na destruição da ‘Mattachine Society’, uma das primeiras organizações pelos direitos dos gays, sediada em San Francisco, com infiltração de agentes e uso de fotos, filmagens e gravações. Tudo isso, provavelmente, com a finalidade de esconder a própria homossexualidade, avalizada em 1943 por um memorando interno da autarquia da qual era o chefe.

clyde tolsonElegantíssimo, conhecido pelos impecáveis ternos brancos, J. Edgar Hoover colecionava antigüidades e viveu com a mãe até os 42 anos. Jamais foi visto na companhia de uma mulher. Sua roda era composta só de homens e teve uma relação de 40 anos com o belo Clyde Tolson, o segundo na hierarquia do FBI. Hoover e Tolson viajavam juntos, tomavam café da manhã juntos, trabalhavam juntos, saíam juntos, se divertiam juntos, almoçavam e jantavam juntos e eram descritos pelos próximos como um verdadeiro casal.

Clyde Tolson nasceu no Missouri, em 1900. Quando obteve a licenciatura em Direito pediu para aderir ao 'Federal Bureau of Investigation' (FBI), mas foi rejeitado. Ele tentou novamente no ano seguinte e desta vez a sua foto e formulário de candidatura foram vistos por J. Edgar Hoover e imediatamente Tolson foi contratado e rapidamente promovido, e após três anos, foi nomeado diretor adjunto do FBI. Tolson Clyde, ‘alter ego e alma gêmea’ de Hoover, o substituiu na chefia do FBI a partir de 1972, quando um super infarto do miocárdio matou o seu companheiro. Mas, foi substituído, no dia seguinte, por Louis Patrick Gray e deixou o FBI duas semanas depois, quando se mudou para a casa de Hoover e se dedicou a cuidar do inventário e espólio do qual era o único herdeiro. Clyde morreu em 1975 e os dois estão enterrados no mesmo túmulo. Que as Montanhas Rochosas lhes sejam leves.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

trevor project e daniel radcliffe da saga ‘harry potter’

I'm glad, I failed
(estou feliz, tentei e não consegui me suicidar…)

Trevor Project

O ‘Trevor Project’ é uma entidade sem fins lucrativos que atua nos Estados Unidos na prevenção de suicídios de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e jovens em conflito. A entidade atua em todos os estados do país, fornecendo apoio gratuito e confidencial, através do seu site e dos seus serviços educacionais. A entidade foi criada pelo escritor James Lecesne e pelo diretor e produtor de cinema Rajski Peggy e Randy Stone, ganhadores do Oscar em 1994 na categoria curta-metragem com o filme ‘Trevor’, uma comédia/drama sobre um garoto gay de 13 anos de idade que ao ser rejeitado pelos amigos, por causa de sua sexualidade, tenta o suicídio.

Quando a exibição de ‘Trevor’ foi anunciada pelo canal a cabo HBO, em 1998, os cineastas intuíram que provavelmente alguns adolescente espectadores do programa estariam enfrentando o mesmo tipo de crise que Trevor, e iniciaram uma busca por um apoio adequado em entidades espalhadas pelo país. Descobriram que não existia nenhuma entidade pública ou privada que oferecesse esse tipo de ajuda no país, e decidiram formar o que é, um serviço imprescindível: uma organização para promover a aceitação social dos homossexuais. Com o nobre propósito de ajudá-los quando submetidos a uma crise de suicídio. Dessa forma, a ‘Trevor Project’ tornou-se a primeira e única entidade no território norte-americano, a trabalhar na prevenção de suicídio de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e jovens em conflito.

Daniel RadcliffeDaniel Radcliffe, o protagonista da saga ‘Harry Potter’, fez uma doação substancial para o ‘Trevor Project’. O ator, que já estampou a capa da revista gay ‘Atitude’, é conhecido por seu apoio à causa homossexual. É extremamente penoso considerar que em 2009 o suicídio está entre as três causas que mais matam os jovens, e é realmente devastador saber que a juventude GLBT está cinco vezes mais propensa a cometer suicídio do que seus pares heterossexuais, disse Radcliffe. É essencialmente importante que os jovens compreendam que eles não estão sozinhos, e, talvez ainda mais importante, que suas jovens vidas têm um valor real, afirmou.

Campanha de mídia impressa (outdoor/indoor) do ‘Trevor Project’, lançada este ano pela entidade.


Trevor Project

Trevor Project Trevor Project
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