frase do dia: ‘a homofobia é mais uma constatação da perda da ternura no mundo, ser
preconceituoso com os LGBTs é retroceder; além de prejudicar o crescimento humano.’

(letícia spiller - atriz brasileira)

última atualização: 19/08/2009 20:36:42

segunda-feira, 30 de julho de 2007

homossexualidade no reino animal

A homossexualidade no reino animal, ainda que não remeta diretamente à homossexualidade em seres humanos, referencia o comportamento sexual humano na medida em que os humanos não deixam de ser primatas, e assim compartilham uma série de comportamentos nalguma medida análogos aos de outros grandes primatas, por exemplo, tal como descritos no livro Macacos, escrito pelo médico brasileiro Dráuzio Varella.

Os pinguins Roy e Silo

Roy e Silo, dois pingüins do Zôo do Central Park, são completamente devotados um ao outro. Inseparáveis, juntos há quase seis anos, vocalizam um para outro, entrelaçam seus pescoços, fazem sexo. São pingüins gays. Certa época ficaram tão desesperados para chocar um ovo, que rolaram um pedra para o ninho. O tratador Rob Gramzay acabou por dar a eles um ovo, que eles chocaram cuidadosamente por 34 dias até que Tango, uma fêmea, nascesse. Tango foi carinhosamente alimentada e aquecida por Roy e Silo por dois meses e meio até se tornar independente. "Eles fizeram tudo direitinho", conta Gramzay. Roy e Silo não são exceções. O zôo tem outro casal gay, Milou e Squawk, e teve duas fêmeas, Georgey e Mickey, que também tentaram chocar um ovo. Os cientistas têm evidências de comportamento homossexual em todo o reino animal e esses dados agora estão alimentando o debate sobre a questão na sociedade americana às voltas com questões que vão desde o casamento gay até as leis contra a sodomia. Se a homossexualidade ocorre entre animais, significa que é natural para seres humanos também? Se a homossexualidade não é uma escolha, mas resulta de forças naturais que não podem ser controladas, pode ser imoral?"

Os flamingos Carlos e Fernando


Um casal de flamingos gays realizaram o sonho de serem pais, adotou uma cria abandonada, realizando o antigo sonho de serem pais, informou uma organização conservacionista britânica. Os flamingos, chamados Carlos e Fernando, sofreram muito para se tornarem pais, adotando práticas variadas. Eles chegaram a expulsar outros flamingos de seus ninhos para ficar com os ovos na reserva da organização Wildfowl and Wetlands Trust (WWT) de Slimbridge, sudoeste da Inglaterra. Sempre à espreita, não deixaram escapar a primeira oportunidade real, quando um dos ninhos foi abandonado, e conseguiram levar um ovo debaixo das asas. O casal, inseparável há seis anos, alimenta a cria produzindo leite em suas gargantas. "Fernando e Carlos são um casal do mesmo sexo conhecido por roubar os ovos de outros flamingos, atirando-os de seus próprios ninhos porque queriam criá-los eles mesmos", explicou a porta-voz do WWT, Jane Waghorn. Os casais gays são comuns entre os flamingos, explicou a porta-voz da organização. "Se não há fêmeas suficientes ou se não se sentem atraídos por elas, os machos se juntam com outros machos", afirmou.

Na Noruega, exposição dedicada a animais gays

A fim de relatar o comportamento homossexual nos outros animais, o Museu de História Natural de Oslo, na Noruega, apresentou em 2006 a primeira exposição dedicada a "animais gays", os curadores chegaram a ouvir de opositores à iniciativa que eles "iriam queimar no inferno", mas desde a inauguração da exposição "Contra a Natureza?" (Against Nature), eles viram um interesse crescente pelo aspecto sexual do mundo animal. O comportamento homossexual já foi observado em mais de 1,5 mil espécies e é bem documentado em 500 delas, desde mamíferos e insetos até crustáceos. Nos pássaros australianos Galahs (Roseate Cockatoo), por exemplo, cerca de 44% dos pares são formados por indivíduos do mesmo sexo. Além desses, há registros bem mais antigos, como os de Aristóteles, que fez menção a hienas lésbicas. Em em entrevista à Revista da Folha, o coordenador da mostra Geir Söli disse que "a idéia surgiu depois de analisarmos o livro do biólogo Bruce Bagemihl, 'Biological Exuberance', no qual ele descreve cientificamente a homossexualidade de muitas espécies animais. Acreditamos que essa seja uma forma de contribuir socialmente para a discussão de um tema que ainda causa tanta polêmica". Na Noruega, é comum que os museus públicos tratem de assuntos controversos. O Museu de História Natural de Oslo diz que um de seus objetivos com a exposição é "ajudar a desmistificar a homossexualidade" e "rejeitar o conhecido argumento de que o comportamento homossexual é um crime que vai contra a natureza".

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