(por Carla Rodrigues)
Lillith rejeitou Adão, o primeiro homem, quando ele tentou forçá-la a ocupar uma posição submissa, sexualmente e em essência. Lillith transformou-se numa serpente e enrolada na árvore do conhecimento convenceu Eva a comer o fruto, mostrando a necessidade dela, Eva, buscar a sua liberdade. Lillith simboliza a consciência de absoluta igualdade entre homem e mulher. Essa igualdade é reforçada pelo potencial andrógino em suas lendas. Ela é o aspecto instintivo, o aspecto terreno do feminino e as lembranças da incorporação do despertar sexual. Lillith a primeira feminista é descrita como uma deusa com longos cabelos e ornada de asas, com um corpo sensual e pés em forma de garras, aparece geralmente sem roupas, representando sua natureza indomada, é uma deusa sumeriana, hebraica e muçulmana, uma divindade extremamente complexa. Sua imagem muda de cultura para cultura, tornando-se mais e mais demoníaca, conforme os valores patriarcais começam a dominar.
Desde que o mundo é mundo, fomos marcadas a ferro e a fogo. Estigmatizadas, condenadas a pagar por toda a eternidade pela mordida na maçã, e por ter sido dividido o fruto, fomos punidas com o sofrimento das dores do parto. Geramos assim a idéia do pecado original. Desde que o mundo é mundo, a cruzada para “reeducar” as mulheres tem sido uma cruzada brutal e violenta. A “santa” Inquisição Católica catequizava o mundo contra os perigos das mulheres de pensamento avançado e ensinava como localizar, torturar e destruir essas mulheres. Professoras, místicas, amantes da natureza, estudiosas de ervas, parteiras por usarem as ervas para evitar as dores do parto foram consideradas bruxas. Durante anos e anos de caça as bruxas, a Igreja queimou na fogueira cinco milhões de mulheres. Um dos episódios mais sangrentos da história da humanidade. O massacre funcionou e o mundo de hoje é a prova disso. As mulheres, antes veneradas foram banidas dos templos. A época das deusas terminou. O planeta tornou-se um mundo de seres masculinos, e os deuses da destruição subiram aos altares. O mundo foi marcado por guerras, intolerância e ignorância movidas a testosterona.
Mulheres na África, ainda meninas são mutiladas, para que não tenham prazer sexual seus clitóris são extirpados. Mulheres muçulmanas são mortas pelos próprios maridos, pais ou irmãos. Mulheres brasileiras ganham apenas 65% do valor dos salários dos homens. Mulheres negras brasileiras recebem a metade do valor recebido pelas mulheres brancas. Mulheres enfrentam a dupla jornada de trabalho, além do emprego fora de casa, tarefas domésticas e o cuidado aos filhos. Mulheres morrem em conseqüência de abortos feitos em precárias condições de higiene. Mulheres são vítimas de algum tipo de agressão em distintas classes sociais.
Mara*
2 comentários:
Sabes uma coisa cara amiga? As regras fizeram-se para serem quebradas...
Doce beijo
As palavras recheadas de estupidez proferidas pelo referido juiz são um reflexo da estupidez que as religiões cristãs têm propagado por dois mil anos. Antes dela, o judaísmo, e depois dela, o islamismo têm feito a mesma coisa.
Viva o Estado laico e igualitário!!!!
Sergio Viula
www.gls.zip.net
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