frase do dia: ‘a homofobia é mais uma constatação da perda da ternura no mundo, ser
preconceituoso com os LGBTs é retroceder; além de prejudicar o crescimento humano.’

(letícia spiller - atriz brasileira)

última atualização: 19/08/2009 20:36:42

domingo, 25 de novembro de 2007

25 de novembro: dia da não-violência contra a mulher

Estabeleceu-se o dia de hoje, 25 de novembro, como Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher. Passados mais de 20 anos do 'quem ama, não mata', o tema continua atualíssimo, seja na capa da revista 'Veja' em que a mulher do ator Kadu Moliterno resolveu abrir o jogo, seja no fato de que impactada pela atitude radical de André, o seqüestrador do ônibus 499, que saiu do âmbito da agressão privada para ocupar o espaço público, imprensa e sociedade descobriram o óbvio: a violência contra a mulher não acabou e está longe de acabar, porque faz parte de uma cultura de poder ainda não erradicada. De que cultura estamos falando? Da que entende a mulher como ser inferior 'por natureza' e atribui ao homem direitos sobre ela. Infelizmente, ainda é preciso marcar no calendário uma data para combater esse tipo de barbaridade. É um absurdo ter um dia especial para lembrar que as mulheres ainda continuam sendo vítimas de maus-tratos em todo o mundo.

essas mulheres sobreviveram a seus algozes
maria da penha cristina

essas não tiveram 'sorte', foram assassinadas por seus companheiros
gilmárcia sandra camila bárbara cenir salete luciana maria auxiliadora.

No entanto, um tipo de violência contra as mulheres é deixado de lado nestas abordagens: a violência entre lésbicas, um tipo de violência tão ou até mais nefasto que a violência masculina.


em briga de marido e mulher, se mete a colher sim. a lei protege, basta denunciar. saiba aqui quem pode ajudar



Maria Libardoni, diretora-executiva da ONG Agende (Ações em Gênero, Cidadania e Desenvolvimento), chama a atenção para os casos em que o homem mata como se fosse por 'lealdade' a outros homens. 'É como uma confraria, eles têm de se mostrar fortes, confirmar a dominação. Conhecemos casos de mulheres de desembargadores e de prefeitos que apanham dos maridos em casa', exemplifica.

Fernando Acosta, psicólogo, explica: a violência é tão corriqueira que muitos homens não a identificam. É uma geração que foi criada para não levar desaforo para casa.

No mundo:
- estima-se que sete em cada dez mulheres vítimas de homicídio foram assassinadas por seus próprios companheiros, subjugadas à vontade masculina ou mutiladas em nome de costumes milenares.

- 1 bilhão de mulheres do mundo, ou 1 em cada 3, já foram estupradas, espancadas ou sofreram algum outro tipo de violência.

No Brasil:
- a cada 15 segundos uma mulher sofre algum tipo de agressão. Em compensação, essa mesma mulher leva de 10 a 15 anos para denunciar o seu algoz, acuada por medo, vergonha ou, seja lá o que for.

- 7 milhões de brasileiras acima de 15 anos de idade já foram agredidas pelo menos uma vez

- só em 2005, os hospitais do Sistema Único de Saúde receberam 8.464 casos de mulheres agredidas no País.

- o estado de Pernambuco registra um dos cenários mais alarmantes, com 193 mortes desde janeiro deste ano, mas o fenômeno é nacional.


(de Caio Tezoto, este outdoor foi feito para o XV Prêmio Central de Outdoor 2006, cujo tema era: "Violência contra a mulher, isso tem que acabar.")

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