frase do dia: ‘a homofobia é mais uma constatação da perda da ternura no mundo, ser
preconceituoso com os LGBTs é retroceder; além de prejudicar o crescimento humano.’

(letícia spiller - atriz brasileira)

última atualização: 19/08/2009 20:36:42

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

livros infantis com temática gay

“And Tango Makes Three” (Com Tango, somos três)
“Daddy's Roommate” (O Companheiro do Papai)
“King & King” (Rei e Rei)
“Sissy Duckling” (O Patinho Efeminado)
“Carly: She's Still My Daddy” (Carly: Ela Continua Sendo Meu Pai)
“Gus e Waldo: o livro do amor”


Ultimamente, muito se comenta sobre a sexualidade dos pingüins. Em uma das entregas do Oscar, o documentário francês “A Marcha dos Pingüins” foi o vencedor em sua categoria, contando a jornada para o acasalamento e nascimento da espécie na Antártida. Uma outra história, bem mais urbana, aconteceu há dois anos no zoológico do Central Park, em Nova York. Foi lá que Roy e Silo, dois pingüins machos, adotaram um filhote e, inclusive, chocaram o ovo, formando uma família no mínimo diferente das que habitam o local. Agora, a história deles se tornou livro. E infantil.

“And Tango Makes Three”(Com Tango, somos três) é o nome do livro baseado nessa história real. O livro começa com o encontro de Roy e Silo e a criação de um ninho, que seria o lar de ambos. Assim como os outros, o casal também quer ser pai. Determinados e decididos, levam uma pedra com formato de ovo até seu ninho e começam a cuidá-la. De chorar, não? Emocionado com a situação, um tratador do zoológico decide que eles merecem uma chance e resolve dar-lhes um ovo de verdade. Os pais dedicados chocaram por 34 dias o tal ovinho até que nascesse a bela Tango. Até hoje, os três podem ser vistos, felizes, no zôo. O livro, editado pela Simon & Schuster Children's Publishing, foi desenvolvido pelo dramaturgo Peter Parnell e pelo ilustrador Henry Cole, e contou com o auxílio do psiquiatra Justin Richardson. "Nosso livro traz uma história de amor que ajuda as crianças a aceitar essas famílias não convencionais", diz o psiquiatra Justin Richardson.

Era uma vez um príncipe que não gostava de princesas, uma menina que tinha duas mães, um patinho que não era feio, mas era diferente dos outros. São, todos, personagens de livrinhos para criança que, lado a lado com 'Branca de Neve' e o 'Dinossauro Barney', freqüentam as prateleiras infantis das livrarias e bibliotecas americanas – só que com temática nitidamente pró-homossexual. Nos estados mais liberais dos Estados Unidos, tais publicações fazem inclusive parte do currículo nos primeiros anos escolares, com a previsível dose de protestos paternos. Nesse universo, a publicação de livros infantis com tema gay, iniciada no fim dos anos 80, cresce sem parar e vem ganhando cada vez mais leveza e humor.

Um dos pioneiros, é "Daddy's Roommate" (O Companheiro do Papai), de 1990, do autor Michael Willhoite, gay, 60 anos, que conta de forma bastante direta a história de um menino que conhece o parceiro de seu pai. "Ser gay é apenas mais um tipo de amor, e amor é o melhor tipo de felicidade", explica a mãe para o menino no fim do livro.

O holandês "King & King" (Rei e Rei) da autora holandesa Linda de Haan - ela como a co-autora Stern Nijland é heterossexual - foi tão bem-sucedido que está tomando forma de série de aventuras. Escrita para crianças a partir de 6 anos, a história do príncipe que não gostava de princesas e acabou se casando com outro príncipe foi lançada em cinco países (Holanda, Alemanha, Dinamarca, Espanha e Estados Unidos) e ganhou continuação, "King & King & Family", a pedido da editora americana."

Bem mais divertido é o recente "The Sissy Duckling" (O Patinho Efeminado), que foi ilustrado por Henry Cole, o mesmo de ‘And Tango Makes Three’, e escrito pelo ator, escritor e ativista gay Harvey Fierstein. Feito para crianças de 5 a 9 anos, fala de um patinho vaidoso, Elmer, que não leva jeito para esportes, adora assar biscoitos, usa óculos cor-de-rosa e mochila estampada com margaridas. Vítima de constante preconceito, Elmer supera tudo e proclama, feliz, no final: "Eu sou muito gay e tenho orgulho disso!". "De uns anos para cá, esses livros estão cada vez mais populares, apesar da onda conservadora que atinge os Estados Unidos", diz a professora Elizabeth Rowell, responsável pela maior coleção de livros infantis gays do país, reunida no Rhode Island College, em Providence.

"Até para filhos de pais transexuais foi escrito um livrinho em 2004, "Carly: She's Still My Daddy" (Carly : Ela Continua Sendo Meu Pai), que conta a história de um pai que muda de sexo." Segundo Elizabeth, existem atualmente 71 títulos do gênero nos Estados Unidos, alguns vindos de fora.

Depois de Happy Feet com seu supestar pingüim Mano e do desenho suiço Pingu (exibido por aqui pela TV Cultura), de carona na onda pingolândia que domina cinema e TV, é lançado no Brasil o livro "Gus & Waldo: o livro do amor", de Massimo Fenati, publicado originalmente na Inglaterra em 2006. Gus e Waldo são dois pingüins foférrimos que se apaixonam depois de trocarem olhares na escadaria de um shopping. Eles se amam perdidamente, mas acabam sofrendo com a convivência cotidiana. O livro é para casais apaixonados que irão se identificar com os dilemas de Gus e Waldo, um casal de pingüins gays e muito apaixonados que vivem uma relação monogâmica feliz, mas esbarram nos impasses da vida moderna. Fofos até o último momento, Gus e Waldo lutam para salvar a relação e continuar a bela história de amor entre os dois. O livro mostra que a vida nem sempre é como imaginamos, no final a mensagem é direta: o amor conquista tudo.

O autor Massimo Fenati mantém um site dos personagens. vale a visita

Um comentário:

Luiz Lailo disse...

A princípio torci o nariz para o título. Mas pensando bem, se existe o ditado de que é de pequenino que se torce o pepino também é verdade que pequenos pepinos já mostram sua orientação, nem vou dizer vocação. É uma coisa que já nasce com eles. Em garotos bem novos você já reconhece a tendência. As meninas demoram mais um pouco para masculinizar o comportamente. Eu acho que é assim. Mas, nesse jogo, quem sou eu para dar as cartas...