luiz inácio lula da silva, javier bardem e neto de allende

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro espanhol José Luis Rodríguez Zapatero, conhecido político pró-gay, estão entre os governantes apontados pela revista ‘Zero’, uma das maiores publicações gays da Espanha, como defensores da causa GLS. A matéria afirma que “um país como o Brasil, onde a cada ano uma centena de homossexuais morre assassinada, demonstra que é possível deixar a homofobia no passado quando seus governantes se aliam pela igualdade”. Na América Latina, também fazem parte da seleta lista a presidente chilena Michelle Bachelet e Cristina Kirchner, mandatária argentina. Para a publicação espanhola, o presidente Lula, através do programa Brasil sem Homofobia, tem apresentado políticas públicas consistentes no sentido de erradicar a discriminação. “O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou pessoalmente a Primeira Conferência Nacional GLBT para maio próximo. O governo Lula, além disso, está impulsionando o programa ‘Brasil sem Homofobia’ que pretende promover o respeito a todas as orientações sexuais", ressaltou a matéria.

O ator Javier Bardem foi fotografado beijando um homem nos bastidores do último Oscar em Los Angeles. O espanhol, que foi vencedor do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, foi ao evento com a mãe Pilar, e em um dos intervalos cumprimentou o homem com um beijo na boca. Bardem foi premiado no papel do assassino de ‘Onde Os Fracos Não Têm Vez’, que também ganhou o Oscar de melhor filme na 80ª edição do evento. Ao receber o prêmio ele dedicou à mãe, que passou por um câncer, e à Espanha. Javier Bardem foi o primeiro ator espanhol a ganhar o prêmio da Academia.

O neto do ex-presidente do Chile, Salvador Allende, falou publicamente pela primeira vez sobre sua homossexualidade. Alejandro Fernández, que atualmente mora na Nova Zelândia, durante entrevista ao jornal 'La Tercera', lembrou que aos 10 anos de idade descobriu que era homossexual. "Por muitos anos neguei minha homossexualidade. Tive muitas mulheres, mas sentia que estava mentindo para mim mesmo", afirmou. Alejandro apontou como maior entrave ao fato de ser neto de Allende. "Ser neto de Allende e gay me incomodava muito, porque sentia que estava traindo a imagem revolucionária do meu avô. Sentia que era diferente e as pessoas se referiam sempre a gays de forma estigmatizada", afirmou. Alejandro contou que durante os estudos em Cuba, era alvo de piada dos colegas por defender um rapaz gay. "Eles diziam: lá está ele defendendo a sua mulher". O grupo gay ‘Movilh’ considerou as declarações do neto de Allende como corajosas e incentivadoras.

**Salvador Allende foi presidente do Chile de 1970 a 1973, após um golpe de estado que culminou em seu ‘suicídio’ no Palácio de ‘La Moneda’ no dia 11 de setembro.