frase do dia: ‘a homofobia é mais uma constatação da perda da ternura no mundo, ser
preconceituoso com os LGBTs é retroceder; além de prejudicar o crescimento humano.’

(letícia spiller - atriz brasileira)

última atualização: 19/08/2009 20:36:42

terça-feira, 18 de março de 2008

o batalhão sagrado de tebas

‘Se houvesse maneira de conseguir que um estado ou um exército fosse constituído apenas por amantes e seus amados, estes seriam os melhores governantes da sua cidade, abstendo-se de toda e qualquer desonra. Pois que amante não preferiria ser visto por toda a humanidade a ser visto pelo amado no momento em que abandonasse o seu posto ou pousasse as suas armas. Ou quem abandonaria ou trairia o seu amado no momento de perigo?’ Platão (428 a.c - 348 a.c)

Estas palavras foram escritas por Platão sobre o código teórico que sustentava o êxito do ‘Batalhão Sagrado de Tebas’ que era um exército de 150 pares de amantes homossexuais, ou seja, 300 homens.

O ‘Batalhão Sagrado’ teria sido constituído em princípios do séc. IV e pertencia a cidade Grega de Tebas e era muito temido pela sua bravura e enorme coragem. Eram guerreiros ferozes que se mantinham unidos por laços amorosos. A questão da homossexualidade é crucial neste contexto, pois um soldado que tem ligações com seu companheiro de fileira nunca deixará ele morrer, havendo proteção e colaboração mútua. Seus juramentos eram de nunca dar vantagem ao inimigo e nunca fugir de um embate. Lutavam em fileiras cerradas e eram bastante disciplinados.

Era no campo militar, aliás, em que as relações homossexuais eram mais admiradas. Em primeiro lugar, a possibilidade de satisfazer os instintos sexuais no campo de batalha era um costume bem-vindo. Em segundo, acreditava-se que quando casais de homens apaixonados integravam um mesmo exército eles lutariam com mais garra para defender seu parceiro.

Tornaram-se célebres quando conseguiram derrotar os Espartanos, sendo vencidos apenas três décadas mais tarde por Filipe da Macedônia e seu filho, Alexandre Magno, na batalha de Queroneia (338 a,C.). Os gênios militares dos príncipes macedônios levaram a melhor em Queroneia, no que foi uma das batalhas mais duras desse período. Primeiro foram os atenienses, depois os tebanos, os exércitos aliados fugiram do exército macedônio, tendo ficado unicamente o batalhão sagrado a resistir até ao fim. Apenas um reduzido número foi capturado, já feridos.

Depois da guerra, Filipe da Macedônia, vitorioso, percorreu o campo de batalha para espiar os corpos. Todos estavam deitados com suas armaduras e abraçados uns aos outros. Filipe ficou maravilhado e, depois de saber que se tratava do batalhão de amantes, derramou-se em lágrimas.

o leão de Queroneia

monumento funerário de mármore que marcou a
sepultura comunal do Sagrado Batalhão de Tebas
foi descoberto em 1818 em pedaços e restaurado

Um comentário:

Anônimo disse...

MARA,super interessante ! Os gregos tinham a seu favor a busca da razão e a emoçao e as equlirava sem pudores.O amor homo era exaltado na republica de Atenas,mas em Esparta,havia uma certa resisdence a respeito(!).Mas,se lenda ou não,a questao do valor da coragem subrepujava a tudo,e mesmo aceita(caso em Esparta)se isto motiva o valor guerreiro. Revi o filme do diretor Pier paolo Pasolini(morto no ano de 1970...)por denunciar uma itália suja,corrupta.Pasolini era homo assumido e isto era pretexto para os conservdores ataca-lo e acusa-lo de pervertido e sujo comunista ,ele foi comunista)mas depois tambem,como livre artista e pensador atacou a ditadura comunista.Ele fez um filme(terrível)critico do cinsmo italianao,do seu puritanismo podre.120 dias de Sodoma e a Republica de saló,filmes qeu discute a perversao moral,burguesa,cristã.E como o poder esta cheio desses perversos e pervertidos.Mostra uma sociedade que se apraz no sadomasoquismo em abusar do outro politicamente e fisicamente.Usando como pano de fundo o nazi-fascismo.E aí entra a questao das relaçoes homo ,mas como uma perversao de poder (que não amam pelo prazer do amor,mas do dominio do outro(fisicamente).Hitler ,dizem,escondia a sua homossexualidade e quando um gupo de militares nazistas assumem esta prferencia,Hitler os manda matar a todos(temedo ficar exposto).Creio que o homo feminino é menos destruidor que o masculino pela carga cultural e/ou de estrutura biologica que difere dos dois sexos.TEMOS a Lenda das Amazonas que exclui de suas vidas a presença masculina.,para fortalecer a emoçao feminina;temos a República de safo,que tambem exercia o saudavel desejo de desenvolver a cultura feminan(sempre discriminada). O ser feminino ainda não se construiu por inteira,ainda estamos espera para dar voz a nossa experiencia emocional,espiritual,intelectaual como força politica,isto é,um poder de transformaçao.Um dia escreveremos uma Historia de Amor/paixão feminina que faça o mundo se comover.Se de Eva herdamos a força e de Maria a delicadeza,podemos crer ser isto uma boa combinaçao para uma grande cultura feminina que ainda surgirá.Abraço. Van.