É quase sempre um choque para os pais descobrir que seu filho é gay, que sua filha é lésbica. Para os filhos, a revelação não é menos dolorosa. Eles podem ter vivido anos de mentira e angústia antes de se decidirem pela verdade. Ou podem estar tranqüilos. De qualquer forma, mesmo não sendo a homossexualidade o bicho-de-sete-cabeças de anos atrás, ela assusta como um monstro indomável quando resolve aparecer no seio familiar. Nesta situação, os pais devem ter a coragem e a clareza de dizer sem culpa de suas limitações, de seus medos, dizem os psicólogos. Em outras palavras: é claro que vão faltar palavras, sobrar lágrimas e raiva. Não adianta dizer 'está tudo bem', quando no íntimo há um bolo no estômago e uma vontade de gritar: 'O que foi que aconteceu? Onde foi que nós erramos?' Fica evidente que a compreensão imediata é impossível. Filhos frequentemente esperam que seus pais entendam rapidamente, mas muitos não podem fazê-lo.
O empresário André Fischer, 32 anos, criador do MixBrasil, um dos principais portais de informações e cultura popular englobando os diversos setores que formam a comunidade GLBTT do Brasil, lembra da vez em que contou para a mãe, a jornalista Thereza Pires, que gostava de homens. 'Eu tinha 22 anos e pedi para ela me buscar no aeroporto, depois de umas férias. No caminho, a minha cara diferente, angustiada, sinalizou que havia alguma coisa no ar.' Thereza, que sempre se achou uma mãe liberal e conversava sobre qualquer assunto com os filhos, ficou em estado de choque com a revelação. 'Durante algum tempo vivi como se estivesse no meio da neblina, mas logo tudo ficou límpido e claro. Meu filho, um ser humano de primeira qualidade, poderia ter omitido a situação, feito um casamento de conveniências. E não há pai ou mãe que deseje uma mentira, uma infelicidade para o filho. Há quem ache que seria mais feliz se não soubesse. Mas sem saber, você nunca poderá conhecer realmente seu filho e todo o ser humano que ele é', diz Thereza.
(fonte: revista IstoÉ)
4 comentários:
Anônimo
disse...
OLÁ MARA!SER SINCERO OU SINCERA NEM SEPRE É FÁCIL!MAS VIVER NA MENTIRA É PIOR.ESTOU ENSAINDO A MINHA VERDADE.SEI QUE VAI SER UM ESTRONDO.FELICIDADE NAO DEVERIA SER DIFICIL DE CONQUISTAR,MAS É.TALVEZ PERDEREI A MINHA FAMILIA.TALVEZ SEJA PUNIDA.MAS COMO AGUENTAR ESSA FALSA VIDA SE SOU GAY .ESTOU NUMA PSICOLOGA.E ANTES DE CONTAR VOU SAIR DE CASA,A DOR DA PUNIÇAO SERÁ MENOR.TALVEZ NADA DISSO ACONTEÇA.ESTOU ARRUMANDO CORAGEM.ABRAÇO.KELI
oi keli. não é fácil não, eu sei disso. cada vida é uma história. não sou muito adepta do 'sair do armário' à qualquer preço, doa a quem doer, cada história é uma história. o que importa é nós mesmas nos aceitarmos, e se a decisão é a visibilidade completa, o que os outros pensam é problema deles. seja feliz sem culpa, e não faça como eu, que fui me aceitar como sou, aos 45 anos, depois de dois casamentos héteros, fracassados é óbvio. seja feliz com você mesma, pense em você em primeiro lugar. um beijão.
Mara Teu blog tá cada vez mais interessante. Fiz uma visita detalhada. Não posso deixar de fazer um comentário sobre a mensagem da Keli.Se uma família não consegue aceitar o fato de um filho ou filha gostar de pessoa do mesmo sexo ou,por desordem genética,nascer transexual,melhor mesmo sair fora. Em alguns casos,tenho observado uma postura de omissão,mentira,etc. Garanto que qualquer pai ou mãe com mínimo de sensibilidade percebe claramente o que o filha ou filho pensa que esconde. Boa sorte na abertura do armário,Keli,saia logo! O ar aqui fora é menos denso. Beijos a todas Thereza Pires
4 comentários:
OLÁ MARA!SER SINCERO OU SINCERA NEM SEPRE É FÁCIL!MAS VIVER NA MENTIRA É PIOR.ESTOU ENSAINDO A MINHA VERDADE.SEI QUE VAI SER UM ESTRONDO.FELICIDADE NAO DEVERIA SER DIFICIL DE CONQUISTAR,MAS É.TALVEZ PERDEREI A MINHA FAMILIA.TALVEZ SEJA PUNIDA.MAS COMO AGUENTAR ESSA FALSA VIDA SE SOU GAY .ESTOU NUMA PSICOLOGA.E ANTES DE CONTAR VOU SAIR DE CASA,A DOR DA PUNIÇAO SERÁ MENOR.TALVEZ NADA DISSO ACONTEÇA.ESTOU ARRUMANDO CORAGEM.ABRAÇO.KELI
oi keli. não é fácil não, eu sei disso. cada vida é uma história. não sou muito adepta do 'sair do armário' à qualquer preço, doa a quem doer, cada história é uma história. o que importa é nós mesmas nos aceitarmos, e se a decisão é a visibilidade completa, o que os outros pensam é problema deles. seja feliz sem culpa, e não faça como eu, que fui me aceitar como sou, aos 45 anos, depois de dois casamentos héteros, fracassados é óbvio. seja feliz com você mesma, pense em você em primeiro lugar. um beijão.
ah! e não pense em punição, não há motivo para isso.
Mara
Teu blog tá cada vez mais interessante.
Fiz uma visita detalhada.
Não posso deixar de fazer um comentário sobre a mensagem da Keli.Se uma família não consegue aceitar o fato de um filho ou filha gostar de pessoa do mesmo sexo ou,por desordem genética,nascer transexual,melhor mesmo sair fora.
Em alguns casos,tenho observado uma postura de omissão,mentira,etc.
Garanto que qualquer pai ou mãe com mínimo de sensibilidade percebe claramente o que o filha ou filho pensa que esconde.
Boa sorte na abertura do armário,Keli,saia logo!
O ar aqui fora é menos denso.
Beijos a todas
Thereza Pires
http://coletâneadostextosdetherezapires.blogspot.com
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