frase do dia: ‘a homofobia é mais uma constatação da perda da ternura no mundo, ser
preconceituoso com os LGBTs é retroceder; além de prejudicar o crescimento humano.’

(letícia spiller - atriz brasileira)

última atualização: 19/08/2009 20:36:42

sexta-feira, 25 de julho de 2008

filme: ma vie en rose

título no Brasil: 'minha vida em cor-de-rosa'
gênero: drama
origem: bélgica/frança/inglaterra
ano de lançamento: 1997
direção: alain berliner
elenco: michele laroque, georges du fresne e jean-philippe ecoffey
premiação: recebeu o 'Golden Globe' de melhor filme estrangeiro e o 'GLAAD Media Award' de melhor filme do ano

‘Ma vie en rose’ é um dos mais belos filmes já produzidos sobre a sexualidade infantil. O uso de uma criança como protagonista levanta a questão da homossexualidade, neste caso, transexualidade, como condição inata, retirando a conotação de perversão e mostrando que não se trata de uma opção, uma escolha consciente, mas sim uma característica da pessoa, independente da sua vontade. O roteiro mostra com muita ternura a infância e adolescência de um transexual apaixonado por seu vizinho. O menino que interpreta Ludovic (Georges Du Fresne) é de uma doçura ímpar que dá leveza ao filme sem lhe tirar a seriedade, que em sua delicadeza deixa mais evidente o absurdo do preconceito.

A estória passa-se na Bélgica, num bairro típico de classe média, onde chega a família Fabre. A peculiaridade dessa família é que seu filho mais novo, o pequeno Ludovic, de sete anos, acha que vai se transformar em menina a qualquer momento. A intolerância da vizinhança faz com que ele sofra preconceito e a rejeição se estende a qualquer um que se aproxime dele e aos pais que não sabem como proceder diante do comportamento estranho do filho e da reação indignada dos vizinhos. O que lhe parece absolutamente normal é completamente bizarro para as pessoas que o cercam e Ludovic, refugia-se em um mundo cor-de-rosa onde cabem somente a boneca Pam e o apoio da sua avó.

É um belo filme e no tom certo que ensina o convívio com as diferenças sem cair no melodrama, mas não há como fugir de um sentimento de melancolia ao vermos um inocente e sem maldades sofrer preconceito e discriminação apenas por ser quem ele é. Um filme para aqueles com um mínimo de sensibilidade repensarem alguns dos seus preconceitos.


Nenhum comentário: