frase do dia: ‘a homofobia é mais uma constatação da perda da ternura no mundo, ser
preconceituoso com os LGBTs é retroceder; além de prejudicar o crescimento humano.’

(letícia spiller - atriz brasileira)

última atualização: 19/08/2009 20:36:42

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

a homossexualidade no decorrer da história - antiguidade

Tríbades Galantes, Fanchonos Militantes

Independentemente de classe social, raça, religião ou postura política, o amor homossexual sempre esteve presente na História. Não existem povos na terra onde a homossexualidade não se manifeste. Em alguns destes povos, o homossexual guerreiro é bastante respeitado, pois demonstra coragem sem igual quando vai à luta e defende o seu parceiro também guerreiro.

Verdade seja dita, os homens sempre sofreram menos preconceito ao assumirem a orientação sexual considerada fora dos padrões socialmente aceitos. A aceitação da homossexualidade depende da época e do lugar, e de que forma o conceito de homossexualidade foi construído entre as diferentes culturas: na Antiguidade, Grécia Antiga e Roma. Pesquisa realizada pela jornalista e pesquisadora Cleide Cavalcante com dados retirados do livro ‘Tríbades Galantes, Fanchonos Militantes - Homossexuais que Fizeram História’ do autor Amilcar Torrão Filho, obra que expõe a realidade sexual, antropológica e histórica do homoerotismo.

Antiguidade – ano 2000 a.C

A sociedade já foi bem menos preconceituosa como consta do ‘Código Hamurabi’, conjunto de leis babilônicas, de 1750 a.C. e uma das mais antigas inscrições de leis da Antigüidade e que inspirou códigos semelhantes em diversas civilizações, como a dos Hititas (povo que fundou um poderoso império na Anatólia central, atual Turquia, e que reconheciam o casamento entre homens) e hebreus.

A Epopéia de Guilgamech (ou Gilgamesh) conjunto babilônico de 12 pedaços de argila, foram descobertos em Nínive, em 1853, por arqueólogos ingleses. O texto, uma bela obra de ficção, narra a história de Guilgamech, rei de Uruc, criado pelos deuses. Eles lhe conferiram beleza, inteligência, coragem e força. Era dois terços deus e um terço homem. Como o rei era mesmo o máximo entre seu povo, verdadeiramente onipotente, não foi difícil vestir-se de arrogância. Dono de um insaciável apetite sexual era ele quem desvirginava as donzelas antes dos maridos. O povo, não suportando mais os poderes ilimitados de seu rei, suplicou aos deuses a criação de um outro ser para rivalizar com Guilgamech. Assim nasceu Enkidu, por quem o rei de Uruc acabou se apaixonando. Quando Enkidu morreu, Guilgamech chorou sua morte como a de uma amante. Em Uruc era comum a presença de sacerdotes travestidos, tanto homens vestidos de mulher como mulheres vestidas de homem. Era uma época, na qual a prostituição e a homossexualidade não eram estigmatizados. A epopéia de Guilgamech, embora seja uma obra de ficção, mostra que na Antigüidade as relações entre pessoas do mesmo sexo eram vistas como uma relação honrada até mesmo pelos grandes heróis e deuses.

Na Judéia, reino dos judeus, monoteístas e inimigos de práticas pagãs, observou-se também a prática da prostituição sagrada, de homens e mulheres. Na Grécia, o Templo de Afrodite guardava em torno de mil prostitutas que serviam à deusa e seus seguidores.

4 comentários:

Renato HOFFMANN disse...

Amei o post Mara, vc certamente continuará falando sobre o tema né?

Aqui, tem um probleminha... Tentei acessar sua página no fire fox e não consegui, ela está toda desalinhada- dá uma olhadinha nisso dopois, claro, é só uma sugestão!

beijinhos

regina claudia brandão disse...

o medo, colocado como defesa, pode ser um grande aliado mas é, por outro lado, um inimigo poderoso. a homossexualidade, em muitos casos, pode significar, nada mais, do que desejo e satisfação sexual. mesmo assim, homens e mulheres têm medo de ultrapassar, de experimentar, de tentar, de demonstrar, de ousar em nome do prazer e ficam, assim ... hehe ... dívida consigo mesmos.

regina claudia brandão disse...

sobre nicole e charlize ... exatamente nesta ordem, uma como virginia outra como aileen, são as duas melhores maquiagens do cinema. houveram outras, e eu sempre destaco jim carrey como o melhor maquiado do cinema. as duas foram transformadas nas originais sem dever nada a elas também pela interpretação primorosa ...

Anônimo disse...

Gostei do texto, contudo, como pesquisador, é importante as referencias, e no texto nao ha...haveria possibilidade de acrescentar ou de me enviar?
Francisco (francisco1965@gmail.com)