frase do dia: ‘a homofobia é mais uma constatação da perda da ternura no mundo, ser
preconceituoso com os LGBTs é retroceder; além de prejudicar o crescimento humano.’

(letícia spiller - atriz brasileira)

última atualização: 19/08/2009 20:36:42

terça-feira, 25 de novembro de 2008

prince: ícone gay no passado, agora é contra os gays

prince

Ele já foi ícone gay nos anos 80, com roupas coloridas e botas de salto alto para disfarçar os seus 1,60 de altura. Já mudou de nome, para um impronunciável, já fez pose bonita tapando os seios, já vestiu casacos nada discretos, já subiu no palco com um terninho de renda amarela e mostrou a bunda, já fez biquinho e com cabelo alisado já balançou brincos de argolas (veja aqui). Era provocante e expressava-se sexualmente no palco e nas letras das músicas o que fez o público questionar sua orientação sexual. Em 1981, na abertura de um show dos ‘Rolling Stones’ foi vaiado e a platéia jogou lixo sobre ele quando entrou de casaco e cueca. Quando perguntado sobre o seu figurino, declarou que se sentia bem com o seu visual.

prince - dirty mindEm ‘Dirty Mind’, o seu terceiro álbum, de conteúdo sexualmente explícito, Prince canta sobre um utópico paraíso onde todos são livres para expressar-se independentemente da idade, orientação sexual e cor da pele. Agora, aos 50 anos, seguindo os princípios da sua religião, Prince nega ter tido influência sobre os gays e pior, Prince é contra os gays. Há dez anos é ‘Testemunha de Jeová’, convertido logo após o término do seu casamento e a morte do seu filho, vitima de uma rara doença. Morando em Los Angeles, ele freqüenta um Salão do Reino e bate de porta em porta para converter as pessoas.

Em uma matéria da revista ‘New Yorker’, a jornalista Claire Hoffman passou um dia com o músico que está muito amigo do cristão conservador Philip Anschutz. A entrevista foi feita um dia antes da eleição de Barack Obama e, segundo Prince, muita gente votou no candidato por não entender a Bíblia.

No interior da casa em estilo mediterrâneo em Beverly Park, um piano de cauda e almofadas na cor roxa sobre um sofá. Velas perfumadas, música new age e imagens de um homem barbudo tocando flauta. Portas de vidro abertas para acres de quintal. Prince veste uma calça de yoga e uma grande camisola. Mancando um pouco, calça um tamanco de imensa plataforma e meias brancas e desliza como uma gueixa. Com voz surpreendentemente profunda, como a de um homem muito maior convida para olhar uma coleção de fotografias. Na sala de estar, dois tronos roxos de cada lado da lareira e ao longo de um corredor, fotos penduradas de si mesmo, em diferentes estados de despir-se. No fim deste corredor, uma leve cortina flutua: é a minha sala, é privada, sussurra Prince. Mais tarde, na sala de jantar, comendo uma tigela de sopa de cenoura, ele falou sobre a sua conversão, após dois anos de uma longa discussão. Disse que é contra o casamento gay e a adoção e aponta para uma Bíblia.

3 comentários:

Renato HOFFMANN disse...

O desespero e a culpa fizeram dele um escravo de seus próprios sentimentos.

Uma vez, quando ainda era estudante de teologia, um professor me disse: "Se alguém te convencer de alguma coisa é porque você mereceu!".

Falaram para ele, e ele certamente acreditou que Deus o punia por ter vivido, até então, daquela forma. O homem diante da dor se torna subjugado nos sentimentos, e o 'escape' é a religião que vem 'salvando' da culpa. Tudo mera aparências. No fim é juntar os cacos e ver o que restou.

Prince é covarde, não encarou a dor e se drogou na religião. Pois é, tudo aquilo que não é refletido se torna radical. Não é de se estranhar o fundamentalismo!

Abraços!

Anônimo disse...

Como músico ele é incontestável,mas como figura pública...É uma pena,mas falando sério,ele é muitooooooooooo gay.
Não entendo...me chame de careta!Hehehe

Mara* disse...

Eu nunca gostei dele como músico, agora nem como pessoa.

Mais gay impossível...rs....