frase do dia: ‘a homofobia é mais uma constatação da perda da ternura no mundo, ser
preconceituoso com os LGBTs é retroceder; além de prejudicar o crescimento humano.’

(letícia spiller - atriz brasileira)

última atualização: 19/08/2009 20:36:42

segunda-feira, 15 de junho de 2009

espinha dorsal da 13ª parada gay: ativismo

Sem trios de boates GLS, a Parada Gay de São Paulo reforçou o tom político em sua 13ª edição. Pela primeira vez em muitos anos nenhuma casa noturna participou do evento. A produção do clima de festa ficou, então, nas mãos dos carros de militantes. Eram grupos engajados não apenas em causas especificamente gays, mas em defesa do ambiente e da igualdade racial, além da promoção de igrejas e sindicatos. A lei estadual antifumo, que proibirá o cigarro em locais fechados de São Paulo a partir de agosto, foi divulgada no desfile. Frases em defesa da lei estampavam camisetas e bolas infláveis gigantes, em várias cores, eram rebatidas entre a multidão.

Carros de sindicatos como os dos enfermeiros (Seesp) e dos professores (Apeoesp), comunidades religiosas como a ‘Cristã Nova Esperança’ chamavam a atenção pela militância no chão, com muitos representantes e cartazes. Com o tema ‘Não Homofobia’, um caminhão de som na avenida convidava o público a participar de um abaixo-assinado que defende projeto de lei federal que torna crime discriminar homossexuais. O ativismo gay foi a espinha dorsal do evento.

Assim, quem sabe, um dia, teremos por aqui a organização e o engajamento da parada gay de New York que acontece na 5ª Avenida, que além de fazer parte do calendário da cidade, já tem lugar garantido na cultura cívica dos Estados Unidos. Lá o espetáculo não é apenas carnavalesco, é político. O respeito é mútuo. Durante várias horas, o desfile só é interrompido para a passagem do tráfego que cruza a cidade no sentido contrário e não poderia ser retido. A paciência existe de ambos os lados: a marcha suspende o seu fluxo, obediente e resignada, para que os carros cruzem a pista, retribuindo a tranquilidade com que esses aguardaram sua vez. O cumprimento de regras gera tolerância.

Tudo com muitas cores, música, dança e algumas cenas de nudez e exaltação erótica, tudo como aqui, mas com uma diferença gritante: cada grupo de manifestantes traz uma mensagem. Desfilam representantes de instituições de pesquisa, religiosas, filantrópicas, fundações, ONGs, hospitais e associações dos mais diversos tipos. Também grupos profissionais de professores, médicos, sacerdotes das mais diversas tradições, advogados e juízes, enfermeiros, escoteiros, militares e artistas proclamando a solidariedade, a fraternidade, a tolerância, o cuidado com o outro e o amor.

Muitas famílias presentes: casais homossexuais com seus filhos, pais exibindo seu orgulho pelos filhos homossexuais, irmãos, primos, tios proclamando sua solidariedade. Grupos da terceira idade, repudiando o preconceito de que são vítimas e afirmando sua orientação gay, trazendo consigo uma história atormentada e vitoriosa. E até um grupo profissional que teria tudo para manter-se distante daquele festival: os policiais. Homens e mulheres do famoso ‘Departamento de Polícia de New York’ desfilam uniformizados ao som de sua banda. Um dia chegaremos a isso.

13ª Parada Gay de São Paulo

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3 comentários:

@millafersan disse...

vc foi, cm foi lá me conta..bj

Anônimo disse...

ÓTIMA INFORMAÇAO! ESPERO QUE UM DIA CHEGGUEMOS A ESTA PERCEPÇAO DE MILITANCIA E AÇAO CÍVICA.cONSCIENCIA DOS MALES E PRECONCEITOS SÓ ASSI PARA MUDAR AS RELAÇOES HUMANS E SERMOS MAIS FELIZES.eXCELENTE POST.aBRAÇO.livia.

Anônimo disse...

A daqui será domingo! Ano que vem vou pra de SAMPA!
Meu irmão mora lá e agora que assumiu ele vai comigo!
EEEEEEEEE!