frase do dia: ‘a homofobia é mais uma constatação da perda da ternura no mundo, ser
preconceituoso com os LGBTs é retroceder; além de prejudicar o crescimento humano.’

(letícia spiller - atriz brasileira)

última atualização: 19/08/2009 20:36:42

sábado, 27 de setembro de 2008

nyankh khnom e khom hotep

Uma discreta tumba de dois homens da época faraônica retratados em posturas íntimas atrai turistas homossexuais do mundo inteiro, apesar dos egípcios garantirem que eles eram simplesmente amigos. A cripta é conhecida pelo nome de ‘os dois irmãos’ parentesco que não existia entre Nyankh Khnom e Khom Hotep que eram cabeleireiros e manicuros do faraó Nyuserra (2500-2350 a.C.). Eles foram colocados numa mesma tumba e por isso, a princípio, acharam que eles eram irmãos.

Mesmo depois dos peritos afirmarem numa conferência realizada na Universidade de Gales que as cenas esculpidas nos muros confirmam que a homossexualidade era uma conduta tolerada no antigo Egito, os egípcios asseguram que os cabeleireiros eram apenas amigos. Indignados, dizem que os estrangeiros acreditam que os dois eram gays porque em algumas cenas eles aparecem abraçados e como se fossem se beijar e que essa atitude é comum no Egito, quando um amigo se encontra com outro após muito tempo, cumprimenta-o com um abraço e beijos no rosto. No entanto, não é freqüente ver nas tumbas da época faraônica tais demonstrações de afeto masculino, nem consta que o costume dos homens se beijarem já existisse naquela época.

No Egito atual a homossexualidade é muito repudiada pela sociedade e, embora não seja expressamente proibido, existe a perseguição e os homossexuais costumam ser acusados de ‘conduta depravada’. No Antigo Egito, cerca de 3.150 anos antes do nascimento de Cristo a religião politeísta da época não permitia a relação entre pessoas do mesmo sexo, mas não condenava veementemente como fazem as atuais. Não havia no Egito a promiscuidade que, na mesma época, era comum nos palácios dos imperadores romanos. Essa tolerância vinha da crença de que apenas os deuses poderiam julgar os humanos, e não a sociedade. Os poucos documentos que existem sobre o assunto mostram apenas a homossexualidade masculina. As mulheres eram mais reservadas afirmam os egiptólogos.

Outra prova dessa tolerância foi descoberta na figura de uma múmia encontrada em um sarcófago sem nome, ela apresentava as formas de um corpo feminino, o que levou os estudiosos a acreditarem que se tratava de uma mulher. Após análises mais aprofundadas, eles descobriram que era um homem que foi mumificado com enchimento na região dos seios e do quadril. Como foi encontrado com vários instrumentos musicais, acredita-se que era um musicista e bailarino de boa condição financeira e que foi velado como era em vida, com nuances femininas.

O túmulo dos dois cabeleireiros é pequeno e singelo se comparado com as grandes tumbas dos faraós e da nobreza, é formado por duas partes: a da frente, construída com blocos de rocha, e a posterior escavada na montanha. Na parte de trás os dois estão sepultados em câmaras funerárias, um do lado do outro, a seis metros de profundidade. O interior da cripta está ornamentado com imagens esculpidas e pintadas que representam os cabeleireiros fazendo as unhas do faraó, apresentando oferendas aos deuses e pescando em seus respectivos barcos, além de cenas da vida cotidiana e das polêmicas gravuras em que eles aparecem abraçados ou se beijando. O mausoléu foi descoberto em 1964 pelo arqueólogo egípcio Ahmed Musa, e está situado nas proximidades da pirâmide de Zóser localizada na região arqueológica de Saqqara, próximo ao centro de Cairo e que foi a necrópole de Menfis, a antiga capital do Egito.

(fonte: agência EFE)

Um comentário:

Anônimo disse...

Achei linda a imagem...
Não tenho preconceito nenhum com isso e acredito de todo o coração que toda forma de amor vale a pena...

Passando pra desejar uma linda semana pra vc !

Beijos