frase do dia: ‘a homofobia é mais uma constatação da perda da ternura no mundo, ser
preconceituoso com os LGBTs é retroceder; além de prejudicar o crescimento humano.’

(letícia spiller - atriz brasileira)

última atualização: 19/08/2009 20:36:42

domingo, 11 de janeiro de 2009

filme: the boys in the band

título no Brasil: 'os rapazes da banda'
gênero: comédia-drama
origem: EUA
ano de lançamento: 1970
direção: william friedkin
roteiro: mart crowley, adaptado da peça teatral 'off-Broadway' de sua própria autoria
elenco: kenneth nelson, peter white, leonard frey, cliff Gorman, frederick combs, laurence luckinbill, keith prentice, robert la tourneaux, reuben greene e maud adams

the boys in the band

As conquistas sexuais dos anos 70 trouxeram benefícios aos gays retratados nas telas dos cinemas. Nesse sentido, o polêmico ‘The Boys in the Band’, dirigido por William Friedkin em 1970, mostrou com completa clareza, personagens abertamente homossexuais e envolvidos romanticamente entre si.

É um filme curioso e desafiador na carreira de William Friedkin, o mesmo de ‘Operação França’ e ‘O Exorcista’. Comédia-dramática das mais brilhantes. Com roteiro de Mart Crowley baseado na peça original ‘off-Broadway’ (1968) do próprio Crowley, narra com humor, inteligência, sarcasmo e ácidas emoções, a comemoração do aniversário de um dos oito amigos que se reúnem numa chuvosa noite de uma Nova York pré-Stonewall e que conta com uma inesperada visita de um amigo careta do dono da casa, em crise no casamento.

the boys in the bandMart Crowley, autor de uma peça só, não conheço qualquer outro trabalho de sua autoria, bem como dados a seu respeito, que cuidou também do roteiro e da produção (o elenco inteiro é o original da peça), foi profundamente feliz no enfoque que deu a longa noite de solidão, agressão e confissão de um grupo de homossexuais. ‘The Boys in the Band’ é um filme que faz rir, mas que, pouco a pouco, vai conscientizando o espectador da solidão, do desespero, do mundo cinzento que envolve os homossexuais.

Amargo, incisivo como uma navalha, os diálogos de Crowley vão abrindo o coração dos rapazes da banda para o espectador. Pela primeira vez no cinema, os gays são vistos como pessoas comuns, em seus bons e maus momentos, e não como figuras ridículas, caricatas ou predatórias, e nenhum deles se mata no final por culpa.

Um comentário:

Águeda Macias disse...

Oi Mara! Adorei a indicação de filme, vou ver se acho em algum lugar. E que honra estar citada aqui! =)

Beijos!